A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

sábado, 26 de março de 2011

Clarice Lispector - Importante postscriptum no final...

Clarice Lispector 

          Como havia prometido em 18 de março p.p. , presenteio hoje meus leitores com uma das autoras mais intimistas que eu conheço (do Aurélio... ‘Intimismo’ : Gênero poético avesso à grandiloqüência, e em que se procura exprimir sentimentos íntimos e, por outro lado, o sentido das coisas simples). Esta é efetivamente uma pessoa que 'mexe' com as almas sensíveis... Leitura e reflexão obrigatória, para qualquer vivente em geral e para qualquer estudante de Psicologia (em particular), pela facilitação da tarefa do auto-conhecimento que proporciona ... Não se supõe um profissional que vá trabalhar com subjetividades que não ponha à prova sua própria!
 
          Eu ia traduzir ou montar uma biografia da autora, mas achei um bom texto que “empresto’’, homenageando o site, muito bem cuidado  e, assim, expressamente indicando-o. Obtido de http://www.astormentas.com/biografia.aspx?t=autor&id=Clarice+Lispector , em 26.03.2011:

          Clarice Lispector (nascida em Tchetchelnik, Ucrânia, 1925, falecida no Rio de Janeiro, RJ, 1977) passou a infância em Recife e, em 1937, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se formou em Direito. Estreou na literatura ainda muito jovem, com o romance Perto do Coração Selvagem (1943), que teve calorosa acolhida da crítica e recebeu o Prêmio Graça Aranha. Em 1944, recém-casada com um diplomata, viajou para Nápoles, onde serviu num hospital durante os últimos meses da Segunda Guerra. Depois de uma longa estada na Suíça e nos Estados Unidos, voltou a morar no Rio de Janeiro. Entre suas obras mais importantes estão as reuniões de contos A Legião Estrangeira (1964) e Laços de Família (1972) e os romances A Paixão Segundo G.H. (1964) e A Hora da Estrela (1977). Clarice Lispector começou a colaborar na imprensa em 1942 e, ao longo de toda a vida, nunca se desvinculou totalmente do jornalismo. Trabalhou na Agência Nacional e nos jornais A Noite e Diário da Noite. Foi colunista do Correio da Manhã e realizou diversas entrevistas para a revista Manchete. A autora também foi cronista do Jornal do Brasil. Produzidos entre 1967 e 1973, esses textos estão reunidos no volume A Descoberta do Mundo.

          Trago abaixo um lindo, denso e desafiador poema, que obtive, como já afirmei anteriormente,  do nosso melhor Portal da web (completíssimo!), o UOL: http://pensador.uol.com.br/autor/Clarisse_Lispector/ , em   26.03.2011. Leia devagar...

"MUDAR”

Mude, mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.

Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.

Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.

Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.

Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.

Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.

Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.

Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.

Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.

Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.

Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.

Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.

Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.

Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.

Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.

Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.

Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.

Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.

E aproveite para fazer uma viagem
despretensiosa,
longa, se possível sem destino.

Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.

Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.

O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda !

Repito por pura alegria de viver:
a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!!!!"


POSTSCRIPTUM (02 abril 2011) ...

Amigos... vejam o comentário (está aposto no lugar específico logo abaixo, mas em respeito ao  Autor e ao leitor, publico aqui mesmo), muito simpático, que recebi:
_______________________
"
Prof. Lucas,

Que bom que você gostou do meu poema Mude!

Porém, ao contrário do que você diz, não é de Clarice Lispector.

De qualquer modo, obrigado pelo "lindo, denso e desafiador poema" -- texto com que você se refere ao meu poema! É uma das melhores homenagens que já recebi, como escritor, ainda que indiretamente... rs!

Assim como você, muita gente supõe erradamente que esse poema é de Clarice.

Mas não é.

No meu blog publico todas as "provas" de que sou o autor:
1. Registro do poema Mude na Biblioteca Nacional em agosto de 2003.
2. Livro Mude, editado pela Pandabooks, com prefácio de Antonio Abujamra.
3. CD Filtro Solar, Pedro Bial, onde na faixa 4 o Mude foi publicado (contrato que fiz com a Sony Music)
4. Veja o vídeo Mude, completo, que foi comercial da Fiat:
http://www.youtube.com/watch?v=NTZ7AGvT44Y

Enfim, o que o escritor mais gosta é disso mesmo: ver sua obra reconhecida -- ainda que com autoria "transferida" para Clarice Lispector...

Espero que, mesmo agora sabendo que não é de Clarice, você mantenha o texto em seu blog. E, se puder, corrija a autoria.

Mude,
Mas comece devagar,
Porque a direção é mais importante que a velocidade.

Veja o poema na íntegra em www.Mude.blogspot.com

Abraços! 

Edson Marques

"
________________________

Digo que é a primeira vez que vejo ocorrer isto comigo... Mas fica a lição de como se deve corrigir os erros alheios, com classe, fineza (é o que se espera de um literato como o Autor)...  O que de fato me deixou de 'boca aberta' é o site UOL abrigar até agora esta incorreção, e parece que faz algum tempo o imbróglio; vejam o blog do simpático amigo da web.

Mas o que fica de bom também é que descobri mais uma pessoa interessante, apesar do seu 'calvário' indevido...  Mas parece que nosso amigo sofre, inadvertidamente, por exceder as expectativas - o poema é realmente excelente! Maneira indevida de acrescentar à sua notoriedade, Edson...  Agradeço a amável correção e a simpatia... Bom encontrar pela web pessoas educadas e sensíveis como você. Que o Pai Celestial te abençôe sempre!


domingo, 20 de março de 2011

Deus Meu, Deus Meu, porquê me abandonaste?


                Hoje coloco neste espaço a compilação que realizei, para fins de uma pregação que irei fazer na Igreja, c0mo parte de uma série de Preleções sobre AS SETE PALAVRAS DA CRUZ (que Jesus pronunciou quando da cruxificação), preparando-nos para a Páscoa. A que ficou sob minha incumbência tem como tema a passagem de MARCOS 15: 34  - Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? 
                
                [ Baseio estas considerações na Bíblia de Estudo de Genebra, editada pelas Ed. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil. Esta obra tem mais de 1700 páginas. O site http://www.editoraculturacrista.com.br é local onde a mesma está disponível. Eu tenho a primeira edição (de 1999) que é excepcional. Costumo ver em outras obras ali e lá compreensíveis erros tipológicos e de revisão e, confesso, nesta Bíblia de Estudo de Genebra ainda não vi nenhum, o que me autoriza a dizer que sua edição foi extremamente bem-cuidada! Soube que temos a segunda edição (2009), com muitas facilidades adicionadas. Segundo meu pastor, é a melhor Bíblia de Estudo à nossa disposição. Eu digo mais que, pelo custo (acabo de ver o preço no site em 75 reais...) é a melhor equação custo/benefício que já vi por uma obra tão essencial a quem deseja estudar a Palavra! ]
               
                A perícope abrangida pela pregação envolve  Marcos 15: 33 a 39 (coloco em negrito a Palavra, e ocasionalmente alguns comentários, quando oportuno) :

33: E, chegada a hora sexta  (MEIO DIA), houve trevas sobre toda a terra até a hora nona. (TRES HORAS DA TARDE)
34: E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
35: E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Eis que chama por Elias.  (alguns circunstantes, conforme se lê na Escritura, confundiram “Eloi” por “Elias” porque em alguns círculos, acreditava-se que ELIAS voltaria....)
36: E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo.  (aqui não há desejo humanitário de abrandar o sofrimento, mas o cruel desejo de prolonga-lo, mantendo Jesus vivo, para ver se Elias viria mesmo, ao ser chamado por Ele)
37: E Jesus, dando um grande brado, expirou.  (já haviam 6 horas que Jesus estava pendurado no madeiro, mas sabe-se que a cruxificação podia estender-se por dois ou 3 dias...)
38: E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo. (o sacrifício de Jesus é o sacrifício final e definitivo pelo pecado. A velha dispensação da aliança da graça é levada assim a um final decisivo. Assim, o Sumo Sacerdote não mais teria necessidade de entrar no Santo dos Santos, atrás do véu, para expiar os pecados do povo. Jesus é o novo e eterno Sumo Sacerdote e, também, a perfeita vítima sacrificial, que obtém deste modo a ‘eterna redenção’ para o seu povo).
39: E o centurião, que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.
                
                Vemos que, no verso 34, Jesus repete o que encontramos no PRIMEIRO VERSÍCULO do Salmo 22: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?

                E neste mesmo Salmo, lemos no versículo 2: E, Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
                É onde vemos a expressão de sofrimento, e clamor por misericórdia, vindo de Davi. Mas, pela vocalização do Cristo, ali naquela vera hora, vemos que mesmo na morte, a vida de Jesus é determinada por aquilo que está nas Escrituras!  Mas Davi não foi totalmente abandonado por Deus, e Jesus, sim.  O grito do MESSIAS que morre refere-se ao mistério das duas naturezas de Cristo, DEUS e HOMEM. Vamos examinar melhor isso:
                A Trindade e a Encarnação estão mutuamente integradas: a Trindade declara que CRISTO é verdadeiramente divino, e a doutrina da Encarnação declara que o mesmo CRISTO é também plenamente humano. Sabemos que Jesus é da mesma substância ou essência do Pai. O Filho é gerado, e não ‘feito’, por isso dizemos que o Filho é o Unigênito do Pai. A distinção entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, de modo que o Filho é Deus da mesma maneira que o Pai é. 
                Jesus não é a união de duas pessoas, como dizia a heresia nestoriana, e nem a sua divindade absorveu a sua humanidade, como dizia a heresia eutiquiana.  JESUS é uma só pessoa com duas naturezas, ou seja, com dois conjuntos de capacidades para a experiência, expressão e ação. As duas naturezas estão unidas nele, sem mistura nem confusão, sem separação nem divisão, e cada natureza tem seus próprios atributos. Em outras palavras: tudo o que está em nós (menos o pecado), como tudo o que está em Deus, está e sempre estará verdadeira e distintivamente presente no único Cristo.
                Juntas, estas duas doutrinas proclamam a plena realidade do Salvador revelada no Novo Testamento, o Filho que veio da parte do Pai e, pela vontade do Pai, tornou-se o substituto do pecador na cruz.
                Os Evangelhos mostram Jesus experimentando limitações humanas: fome, como em Mateus 4.2 , fadiga, como em João 4.6 , desconhecimento de fatos, como em Lucas 8: 45 a 47 , e tristeza, como em João 11. 35 e 38.   A Carta aos Hebreus, em várias passagens,  insiste em que, se Jesus não tivesse compartilhado de todas estas facetas da condição humana – fraqueza, tentação, sofrimento – não estaria qualificado para ajudar-nos  em tais provações. 
                Sua plena experiência humana garante que, a qualquer momento em nosso relacionamento com Deus podemos recorrer a Ele, confiando no fato de que Ele passou por isso e é o ajudador de que necessitamos.
                Podemos pensar (se nos concentramos somente na divindade de Jesus) que minimizar sua humanidade é motivo de honra para Jesus. Podemos pensar que Jesus sempre esteve consciente de sua onisciência e que só fingia desconhecer os fatos. Veja a ilogicidade da colocação... mas como, Jesus ‘FINGIR’ ? Outros podem pensar que Jesus só representava estar cansado e faminto porque, como uma espécie de super-homem, Ele estava acima das necessidades da existência do dia-a-dia. Mas como, Jesus, ’REPRESENTAR’ ? Não se supõe isso sobre o Mestre!
                ENCARNAÇÃO significa  que o Filho de Deus é uma só pessoa, que existe em duas naturezas e que nada, exceto o pecado, falta à sua natureza humana. 
                De igual modo, pensar que Jesus uma hora ‘usava’ sua natureza divina e outra hora ‘usava’ sua natureza humana, “ligando” uma e “desligando” outra, também são idéias erradas. Quem assim cogita necessita estudar mais o que diz as Escrituras...
                Jesus não podia pecar, mas podia ser tentado. Satanás o tentou para que desobedecesse  ao Pai através da auto-satisfação, da auto-exibição e da auto-exaltação, como vemos em Mateus 4, de 1 a 11 e, de modo idêntico, a tentação para fugir da cruz era constante, como vemos em Lucas 22. 28 - confrontar com Mateus 16. 23, e também a oração de Jesus no Getsêmani. 
                Jesus não podia vencer a tentação sem luta porém, como ser divino, sua natureza era fazer a vontade do Pai, conforme vemos em João 5. 19 e 30.  Sua natureza era a de resistir e lutar contra a tentação até vencê-la. Sua natureza humana era conformada à sua natureza divina e, por isso, era impossível a Jesus falhar no decorrer de sua resistência às tentações.
                Assim, era inevitável que Jesus suportasse as tentações até o fim, sentindo toda a sua força, e emergindo vitorioso para seu povo. 
                Do que ocorreu no Getsêmani, ficamos sabendo quão agudas e agonizantes foram suas lutas.  Mas, na hora da cruz, Cristo diz, entre outras palavras, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
                Esta expressão reflete a desolação, o desamparo  de  Jesus Cristo, separado do Seu Pai Celestial por causa do pecado do mundo que Ele levava sobre a Sua inocente Pessoa. Esta exclamação foi feita às 15.00h, quando terminaram as três horas de escuridão. Como dissemos, são palavras profetizadas no Salmo 22: 1-3, onde encontramos também a resposta "porém Tu és santo". Deus, em Sua Santidade, não podia fazer qualquer concessão; ao contrário, em Sua justiça, tinha que punir o Seu Filho que se oferecia como substituto vicário pelos pecadores.
                Mas irmãos, este versículo 34 tem a palavra DESAMPARASTE nas versões Almeida, corrigida e revisada fiel, Almeida revista e corrigida e Almeida revista e atualizada. Nas versões NVI, Católica Paulinas, na Bíblia do Peregrino e na Bíblia de Jerusalém temos, em vez de DESAMPARASTE, o termo ‘ABANDONASTE’. Pode parecer pouca a diferença, mas para quem vive a situação, não. De qualquer modo, o exame destas palavras no ensina, e muito, sobre o sacrifício expiatório de Jesus.
                Quando somos abandonados, somos deixados à nossa própria sorte, mas podemos ter conservados nosso poder e recursos, não estamos necessariamente desamparados, impotentes. 
                Agora, quando nos sentimos desamparados, o estado psicológico é aterrorizador, pois somos mais que abandonados, sofremos o desapreço do outro, nos sentimos isolados, sentimo-nos deserdados!!  Em outros termos, sentimos que NÃO TEMOS MAIS DE QUEM DEPENDER... A pessoa sente angústia extrema – muitas pessoas adquirem Síndrome de Pânico neste tipo de situação...  Não poucos desenvolvem até DEPRESSÃO.
                Todos já ouviram o choro da criança que se perde de seus pais? A criança se desespera quando não entende algo, e esta incompreensão a desespera. Lembro-me que certa vez, reciclando lixo, achatei uma garrafa ‘PET’ de refrigerante para que a mesma ocupasse menos espaço no contêiner. Minha filha Livia, novinha, vendo aquilo, brigou comigo com todas as suas forças, e só ‘sossegou’ quando eu desamassei a garrafa (tive que soprar com força pela sua boca!) de modo que a mesma voltasse sua estrutura e perfil  à  condição inicial. Outro dia, conversando com ela, que agora tem 10 anos, a mesma me disse que não se lembra do porquê que ela não tinha gostado de ver a garrafa amassada... Eu sei – ela não compreendia como uma garrafa pudesse se tornar algo diferente do que ela tinha como representação em sua mente... e isto a perturbou sobremaneira.
                Quando estamos desamparados falta-nos o chão, não temos em quem nos valer, sentimo-nos verdadeiramente  “despossuídos”.  Muitos não se conformam em sentir-se desamparados – 'e a solidariedade, onde está ? ' , perguntamo-nos...
                Digo tudo isso para tentar dimensionar o sofrimento que Jesus experimentou na cruz.  O peso dos pecados da Humanidade foi tamanho e, pelo fato de Jesus ter sofrido por todos nós juntos, de modo definitivo, nos é difícil compreender; podemos só tangenciar, pobremente, tamanho mistério.  Nós não podemos compreender tudo aquilo que estava envolvido no pagamento do preço do nosso pecado. É suficiente entender que todos os nosso piores medos sobre os horrores do inferno – e mais – foram sentidos por Jesus quando ele recebeu a pena pela ampla iniqüidade alheia.  E, para satisfazer a Justiça, sendo Jesus nosso representante, Ele cumpriu a vontade do Pai de modo cabal e definitivo, alçando à direita do Pai. “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).
                Assim, nessa hora terrível, sagrada, era como se o Pai o tivesse abandonando. Embora seguramente entendemos não haver nenhuma interrupção no amor do Pai por Ele como um Filho, Deus, no entanto, O rejeitou e O desamparou, como nosso substituto.
                O sofrimento vicário de Cristo é loucura para o mundo – pode ser que alguém morra por um justo, mas sofrer, morrer-se por pecadores imundos, corrompidos?...
                Jesus disse muitas “loucuras”... Ele certa vez disse, como lemos em Mateus 5: 4  – “Bem-aventurados os que choram”... mas como, chorar agora é ‘bom’?  Mas aqui vemos que aqueles que choram pelos seus pecados, arrependendo-se, estes são bem-aventurados, e isto o mundo não compreende facilmente. Insanidade!
                Arrependendo-nos adquirimos o direito de compartilhar com Cristo do seu sacrifício, credenciando-nos, ao fim e ao cabo,  a voltar para a companhia de nosso Deus.
                Devemos dar todos graças ao Pai por nos ter enviado à Terra Seu Filho Unigênito pois, conforme lemos em Hebreus 2, 18, por tudo o que ele passou,  Naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.
                Meus irmãos, um último versículo precioso para compartilhar com vocês. Paulo, escrevendo na prisão uma carta aos Filipenses, no capítulo 4, verso 22, lemos: Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César. Na Bíblia de Jerusalém lemos explicitamente ‘da casa do Imperador”... Na Bíblia do Peregrino, lemos “os servidores do imperador”. De qualquer modo, é significativo que o Evangelho já estivesse, naquela época, tão disseminado, e entre pessoa as mais diversas, inclusive aquelas a quem se poderia pensar que estivessem mais perdidas pelo jugo do mundo!  Vejam então, meus irmãos onde a Palavra vicejou, entre soldados, escravos e libertos, mesmo no âmago do corrompido e decadente Império Romano, e isso só ocorreria por meio da Igreja de um Deus que se fez carne, conhecendo em sua divina e humana (ainda que sem pecado) natureza o que é efetivamente o ser da pessoa humana.
                
                 É minha oração que a meditação do brado da cruz possa ajudar a aperfeiçoar-nos no amor, na  Fé, na sinceridade, gratidão, louvor, santidade e adoração a Deus; e, consolidar a nossa honestidade, compaixão, solidariedade e ternura para com o próximo; e favorecer-nos na execução de nossas sagradas obrigações pactuais  no nosso lar, na Igreja, no trabalho e na sociedade em que vivemos.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Fernando Pessoa



           Hoje comento, como prometi, um vate da língua portuguesa. Um dos maiores, em todos os sentidos, é o grande Fernando (António Nogueira) Pessoa, nascido em Lisboa em 13 de Junho de 1888 e lá falecido em 30 de Novembro de 1935. Sua participação no Modernismo deu à Literatura Portuguesa uma destacada significação em toda a Europa. Tornou-se fluente em inglês, (passou  infância e adolescência em Durban, África do Sul) sendo nesta língua seus primeiros versos, publicados em 1918. Em 1934 surge seu primeiro livro em português, Mensagem, que atraiu pouca atenção. Ficou afamado após sua morte, pela publicação das obras tais como Poesias de Fernando Pessoa (1942), Poesias de Álvaro de Campos (1944), Poemas de Alberto Caeiro (1946) e Odes de Ricardo Reis (1946) onde, através de alter egos (que ele imaginava viverem dentro de si) produziu diferentes estilos de escrita.

           Outro site que contém informações interessantes sobre a vida e a obra do celebrado poeta é http://www.biografia.inf.br/fernando-pessoa-poeta.html  (interessante que, segundo o Aurélio, 'poeta' vem do grego poietés, 'aquele que faz')

           A poesia abaixo retirei do site do UOL (o melhor em conteúdo, creio eu), no endereço http://pensador.uol.com.br/.  (o endereço específico é http://pensador.uol.com.br/poesia_de_fernando_pessoa )  Veja a profundidade psicológica, coisa marcante na obra do famoso poeta (não consta título):


É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.


          Digo aos meus alunos que, se desejam ser bons Psicólogos Clínicos, uma boa vivência é aprimorar-se na leitura de inspirada poesia. Noutro sentido,  o nosso Machado de Assis também fornece muito fundamento para se conhecer o humano do homem.

          Duas outras pessoas que muito me atraem pela maestria, sensibilidade com as palavras são Cecília Meireles e Clarice Lispector. Um dia falo sobre estas pessoas excepcionais.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dicas aos Alunos 2

Hans-Georg Gadamer (1900-2002)

          Hoje, uma pequena homenagem ao meu 'orientador' de Doutorado, um dos grandes filósofos alemães, talvez o principal da Hermenêutica moderna. Tenho vários livros dele, leitura agradabilíssima e grande lucidez. Coloque o nome dele no google e veja quanta coisa surge!!!  Obrigatório...

          Abaixo uma coletânea de sites que eu sugiro aos meus alunos todo começo de ano...  Copie e cole o link desejado na barra de endereço do seu navegador e < enter!! >.  As melhores coloquei em negrito. Imperdíveis!!

          Uma boa dica de pesquisa bibliográfica geral são os sites de universidades (públicas – especialmente as federais e estaduais, e também algumas particulares) que têm serviço gratúito de envio de textos em pdf de teses e dissertações dos programas de pós-graduação existentes em seus campus, além de papers e artigos de suas revistas. A variedade e oferta atualmente é enorme, e nestes tipos de documentos sempre podemos ‘garimpar’, em suas Referências, bibliografias interessantes e, importante também, atuais.

LIVRARIAS VIRTUAIS:

http://www.amazon.com   (Maior livraria on line do mundo, ótima!!))
http://www.books.google.com.br   (maior buscador do mundo, ótimo!!)
http://www.estantevirtual.com.br   (maior rede de sebos do Brasil, ÓTIMO!!)
http://www.livrariacultura.com.br
http://www.livrariaresposta.com.br  (brasileiro, bom!!)
http://www.livrariasaraiva.com.br  (brasileiro, muito bom!)
http://www.livrosdepsicologia.com.br  (livraria virtual especializada em livros sobre psicologia, psiquiatria, psicanálise, dinâmica de grupo, sexualidade, orientação vocacional, psicoterapia, parapsicologia, psicologia social, etc.  Parece ser muito boa!!)
http://www.prometeolibros.com  (ESPANHOL)
http://www.scortecci.com.br  (livraria e editora brasileira, bons livros, diferentes...)
http://www.siciliano.com.br   (brasileiro, bom)
http://livraria.folha.com.br   (brasileiro, muito bom!!)

SITES DE ARTIGOS E DOCUMENTOS ACADÊMICOS DIVERSOS:

http://periodicos.capes.gov.br  (procurar ‘ textos completos ’, depois, quando surgir o  link, clicar  “ Sites com periódicos de acesso gratuito:
http://pierprofessional.metapress.com  (inglês – vende artigos na área de saúde e humanas)
http://www.bibvirt.futuro.usp.br
http://www.bireme.br
http://www.dominiopublico.gov.br
http://www.gutenberg.org
http://www.medpedia.com   (inglês)
http://www.openj-gate.com   (inglês – acesso a jornais grátis – muito bom)
http://www.questia.com/Index.jsp  (inglês - vende artigos ótimos)
http://www.redalyc.org  (português e espanhol – muito bom!!)
http://www.scielo.org   (português e espanhol – brasileiro, um dos melhores!!)
http://www.loc.gov   (inglês) Biblioteca do congresso dos EUA – fantástica, imensa, “obrigatória”.
http://www.brasiliana.usp.br – 1500 títulos para consulta ou baixar em PDF.   Tem raridades!
http://www.brasiliana.com.br - Digital da UFRJ – livros antigos de diferentes áreas do conhecimento.
http://ims.uol.com.br  - Instituto Moreira Salles – Coleções de musicas, pinturas, obras literárias e fotos.
http://www.wdl.org   -  Biblioteca digital mundial – documentos históricos imperdíveis (acervo eclético).

SITES QUE FAZEM DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA – ÓTIMOS!!

http://www.comciencia.br/comciencia/  -  do Labjor  da Unicamp, um dos melhores.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/index.php  -   em português.
http://www.science.ie/ -  é da Irlanda, em inglês; tem newsletter tb.

Bom proveito!!!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Emily Dickinson


          Mais uma dica (dentro do espírito do Dia Internacional da Mulher, e homenageando Bilú em particular...) de poesia da melhor qualidade. Na próxima vez comentarei alguém da língua pátria, prometo! O fato é que adoro todos os jogos de linguagem, e isto transcende países e idiomas... 

          Emily (Elizabeth) Dickinson, poetisa lírica americana, nasceu em 10 de dezembro de 1830, em Amherst, Massachusetts, e ali faleceu em 15 de maio de 1886. Era a segunda de três crianças, que permaneceram próximas até a idade adulta: Lavínia permaneceu na casa paterna, não tendo se casado, e seu irmão mais velho, Austin, viveu em uma casa da vizinhança depois de seu casamento com uma amiga de Emily.  Seu avô Samuel Fowler Dickinson foi um dos fundadores do afamado Amherst College, e seu pai, Edward Dickinson,  serviu como tesoureiro da instituição de ensino de 1835 a 1872. 

          Emily começou a escrever poesia em 1850 e sua correspondência revela uma pessoa tímida, refinada mas alegre, mesmo jocosa, vivaz e animada. Sua temática poética, expressa em figuras de fala doméstica e pessoal, íntima, envolvia a natureza, a morte e o amor. Vemos um contraste evidente entre a vida reclusa na casa onde nasceu e morreu, e a profundidade e intensidade de sua poesia que denota, desvela uma mulher sensível, apaixonada, arguta e espirituosa. Tinha a saúde frágil e não publicou sua poesia em vida (na verdade somente sete dos seus mais de 1.700 foram publicados antes de sua morte, cinco deles no periódico Springfield Republican), tendo sua irmâ Lavínia publicado postumamente sua vasta obra. 

          Esta poesia encontrei no site especializado http://www.completeclassics.com  (mais especificamente no endereço http://www.completeclassics.com/p/m/poem.asp?poem=364713&poet=3053&num=181&total=1114) e recomendo que você veja com seus próprios olhos a beleza e enormidade da obra. 
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Could live—did live

Could live—did live—
Could die—did die—
Could smile upon the whole
Through faith in one he met not,
To introduce his soul.

Could go from scene familiar
To an untraversed spot—
Could contemplate the journey
With unpuzzled heart—

Such trust had one among us,
Among us not today—
We who saw the launching
Never sailed the Bay!


domingo, 6 de março de 2011

08 de Março - Dia Internacional da Mulher

          Olha que foto mais linda. Apanhei-a (e digitalizei para colocar aqui...) de uma propaganda que recortei, há tempos, numa revista VEJA (da Abril Cultural). Quem souber dos direitos autorais me avise para eu colocar os créditos. Antes que as feministas (acho que quase inexiste atualmente aquelas pioneiras, referenciadas pelos machistas pela pecha de empedernidas, mas digo, aqui, das que possam achar que pretendo diminuí-las) achem que distorço a imagem da mulher, afirmo que dimensão da maternidade (mesmo que em potência) neste ser é tão esmagadora, preeminente, que determina em toda alma a forma de se aperceber a sua essência. 

          Nada mais agradável que apreciar a delicadeza, a formosura, os gestos contidos, o mistério do olhar, o olor, a inteligência, enfim - a feminilidade - em toda pessoa do belo sexo (veja as onze acepções que o adjetivo 'belo' tem, no Dicionário Aurélio - aplico-as aqui, todas, à mulheres), não importa a idade, condição ou posição. Bem, é isso que vejo, principalmente quando penso em minha mãe, em minha esposa e em minhas filhas (não nos esqueçamos de Nicolle, primeira neta...). Esta apercepção devia-nos ser natural, em que pese os valores cada vez mais decaídos desta pós-modernidade, que tendem a menosprezar o papel desta criação de Deus para a Humanidade. Eu, já afirmo que o humano que discernimos no Homem deve-se mais à mulher do que ao homem...

          Assim, rendo homenagens a todas estas mulheres especiais que cruzaram e cruzam o meu existir. Aprendo muito observando-as, e creio que é este o meu mais sedutor desafio, posto que nada mais se-me constitui tanto como um 'não-eu' quanto o modo feminino do ser que entra em contacto comigo, a partir destas doces e misteriosas, quase imponderáveis criaturas. O encontro com outros homens tem um quê de já-sabido de minha parte, posto que muitos são como pastichos, ou mesmo espelhos - repetimo-nos uns com os outros, com enfastiante regularidade... Já com a mulher nossos encontros são sempre adornados com um misto de curiosidade e desvelamento, sintoma da procura ancestral de uma 'metade' que resolva este inacabamento primevo, inerente a todos nós.

          Coloco isto tudo aqui nesta época dos, por vezes, lutulentos festejos momescos, onde se rebaixa, em muitos contextos, o que a mulher tem de mais feminino. Agradeço aos Céus vir de um lar onde os valores cristãos foram sempre a tônica, em todas as dimensões da vida social. Nos diversos meios de comunicação vemos notícias de desastres, acidentes, onde vidas jovens são ceifadas, restando a muitas mães chorarem a mais triste das dores, pela perda de filhos e filhas que deixam este mundo tão precocemente. Só sendo mulher e mãe para dimensionar a idéia de tão grande aflição. E é preciso aprender com elas como não se deixar vencer entre tamanha provação e efetivamente conseguir, como se vê tantas vezes, retomar a vida. O fato de compartilhar com Deus o milagre da doação da vida pode explicar em muito este outro verdadeiro milagre.
 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tempos difíceis...


          Inicio com uma foto sobre flores, uma das mais belas criações de Deus, para contrabalançar o que vem abaixo... Vejam o e-mail que recebi do meu irmão Sergio (caso verídico ocorrido com nosso pai):

"
          Não sei se vocês já passaram por isso, mas aconteceu na ultima segunda feira com meu pai, que me contou a historia ontem. Como alguns de vocês sabem, ele já tem 84 anos e anda meio devagar nas ruas. Ele me contou que na segunda, no meio da tarde, ele estava passando pelo Centro de Convivência (uma das áreas centrais de Campinas, com muito movimento) quando escutou uma “explosão”, um barulho forte. Como ele já não escuta bem deve ter sido mesmo forte. 

          Ele se assustou, achando que era alguma coisa no carro mas continuou porque não sentiu nada na direção ou outra alteração no carro. Aí, um 'cara' no carro ao lado começou a buzinar e gesticular. Qdo ele abriu a janela, o indigitado elemento começou a dizer que estava saindo fumaça do carro dele. Mas como ele não viu nada,  continuou. Uns dois quarteirões à frente, nova “explosão” e ele acabou estacionando, em frente a um cartório. No mesmo momento, o mesmo motorista estacionou também ao lado dele (um Honda Civic novinho, segundo ele) dizendo para  encostar melhor para ver o que estava acontecendo, que ele poderia ajudar. Meu pai entrou de novo no carro, ligou a chave, viu que não tinha nenhuma luz de alerta ou coisa parecida e simplesmente saiu, deixando o cara lá na calçada. Até chegar em casa, nada mais aconteceu.

          Dia seguinte, velho mineiro, ele foi para a concessionária verificar o carro. Conversando com o atendente, foi informado que isso é um golpe que está ficando muito comum na cidade. O tal cara joga algo debaixo do carro no trânsito, e aí, o motorista assustado acaba caindo em um golpe. O meliante joga óleo no motor (assim que abre o capô) para gerar fumaça e corta vários fios. Desse modo, acaba “oferecendo” um conserto na hora e cobrando por isso. Disse o atendente que já teve um cidadão que pagou R$ 1.000,00 reais pelo “conserto” eficiente do carro. 

          Que desgraça não? Tá ficando realmente difícil.

 "

          Concordo, isto é resultado da ausência de Deus e da nossa essência, nossa natureza decaída. Vem coisa pior por aí...
         
          Prevenir é a melhor proteção hoje em dia!  Bom carnaval a todos...