A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Homofobia...

Existe um site muito bom, divulgador da verdadeira Teologia Reformada.  É de lá http://monergismo.com/?p=2752 , que tirei este texto, que reproduzo aqui in totum:

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Universidade Mackenzie : Em Defesa da Liberdade de Expressão Religiosa

Publicado em 19 de novembro de 2010 – 6:00

          A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

          Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

          Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

          Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

              Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.        Para ampla divulgação.

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Assino embaixo!

Adendo em 07 de Janeiro 2010 -  Saiu a edição nro. 328 da Revista Ultimato (www.ultimato.com.br Ano XLIV, Jan/Fev 2010, que, aliás, ficou bonita com a nova identidade visual e lay-out)  onde lemos, à página 15, interessante complemento - "Homofobia: não cabe ao cristão discriminar" - ao que vemos acima. Compensa ler... É bom quando as coisas ficam claras!


sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal...

          Mais uma foto garimpada na web. Meu sonho era morar num lugar assim, bem perto da Natureza (às vezes penso se isso não significa para mim "longe das pessoas"...; a cada dia que passa vejo como meus semelhantes se tornam mais e mais complicados de se conviver - muito implexo para minha cabeça!).
          Ontem ocorreu a tradicional troca de presentes na casa do mano Sérgio, sempre eletrizante e divertida. Hoje cada um está no seu canto; amanhã a maioria se reencontra para o 'niver' do patriarca Geraldo (que logo após pega um avião e vai  com a Firmina passar o Ano Novo com seus irmãos em Belo Horizonte). Penso em comprar algo, uma lembrança, porém nosso pai não gosta que a gente compre presentes para ele. Coisa de pai preocupado com os filhos se preocuparem com ele... Só quem é pai pode imaginar tal quizila da parte dele...
           Volto domingo depois do almoço para as festividades na Comunidade Presbiteriana onde congrego. Devo intensificar minha participação nas ações neste âmbito - tenho muita coisa a fazer, a realizar ali, com os membros da igreja. Que o Pai Celestial me auxilie, pois do contrário nada posso! Estou muito esperançoso, grande expectativa de minha parte...
          Novidades no Centro Universitário onde trabalho. Por questões orçamentárias, tive minhas aulas algo diminuidas para o próximo semestre. Espero que seja condição passageira. Este negócio de ter nosso income reduzido é sempre desagradável; rouba nosso sono, ainda que somente por um ou dois dias. Vou ter que procurar mais coisas para fazer para 2011....
          Estou coletando material para perpetrar um paper neste inicio de ano. Será sobre a diferença de valores entre as atuais gerações, especificamente sobre o gap entre professor e aluno, que observo mais contundente, a cada período letivo. Vou retomar um tema que já discuti em escritos anteriores. Depois de tantos anos, vejo-me 'deixando' mais e mais alunos de DP (coloco o termo entre aspas porque, no fundo, é o aluno que se deixa alcançar pela medida  acadêmico-administrativa). Acho muito degastante estes procedimentos, inclusive pelo fato de continuarmos a ministrar aulas para os mesmos alunos em anos subsequentes. A convivência já é por demais trabalhosa neste tipo de papéis interconectados, imagine com pendências tratadas de modo exacerbadamente emocional pelo alunado...
          Que o Natal seja uma ocasião de reflexão, além da confraternização e de troca de presentes...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Humildade


          Li hoje um artigo do professor Paul Freston, publicado na revista ULTIMATO (Ano XLIII, novembro/dezembro de 2010, nro. 327, p. 48 a 51), sobre um tema objeto de uma recente pregação que ministrei em minha congregação, a humildade. Esta feliz coincidência, que ajuda a solidificar minhas concepções sobre a temática, inspirou-me a colocar aqui este artiguete, onde espero contribuir para esclarecer porque muitos não entendem ou não procuram desenvolver esta virtude fundamental.

          Quero comentar, adicionalmente, um problema que aflige a cristandade (e isso desde o inicio), especificamente com relação àqueles chamados a pastorear. A carnalidade, forte e avassaladora (bem apropriado este termo!) como é, deturpou e continua a deturpar de modo trágico o mandamento do Cristo neste particular do apropriado pastorear. Temo, e que me corrijam se me engano, que a raiz do problema esteja, nestes homens, na falta de uma virtude teologal, a Fé, que determina a que não tenhamos, como suponho, outra virtude fundamental, a humildade.

         Hoje vemos muitos líderes, pastores, bispos, élderes, padres, ‘apóstolos’, presbíteros, anciãos (etc...) que não são líderes como Jesus determinou. Ele disse expressamente que quem deseja ser o ‘maior’ no reino de Deus, este seja o servo, o servidor de todos. Claro está, como Cristo falou (e fez), que quem quer liderar, seja o primeiro e o maior servo. O Líder cristão serve, toma sempre a iniciativa de servir (não precisa a isso ninguem solicitar, mandar), dá o exemplo e age, efetivamente, como o servo de todos. O que se observa atualmente é ‘líder’ como sendo o servido, o ‘maioral’, aquele de detem certa espécie de poder sobre um número ‘x’ de ovelhas, com igrejas enormes, por vezes gigantescas, ministérios imensos onde estes ‘pastores’ reinam e são servidos por muitos (por vezes de modo vitalício!). Pastores ‘de púlpito’, que são admirados pela oratória, ou ministros que se preocupam mais com a posição, suas tarefas ‘elevadas’, e com o encômio, além do salário e/ou benefícios do cargo.

          Mas porque isso acontece? O problema é que a carne determinou e determina cotidianamente a corrupção do ensinamento bíblico. Muitos dos líderes não são humildes como Cristo é. Desde os primórdios de nossa relação com nosso Pai Celestial a importância da HUMILDADE tem sido ressaltada, e ouso dizer que, ao olhos de Deus, é uma das virtudes mais importantes. No dicionário, lemos seus principais significados: 1. É virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza.  2. Singeleza, modéstia, pobreza. 3. Respeito, reverência; submissão. Para compreendermos, vejamos seu contrário, o ORGULHO: 1. Auto conceito, brio, sentimento de dignidade pessoal. 2. Conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor-próprio demasiado; soberba (altivez, arrogância, presunção ).

          A própria Bíblia procura situar a importância de descobrirmos o que significa esta virtude. Em Provérbios 15: 33 lemos  Quem teme o SENHOR está aprendendo a ser sábio; quem é humilde é respeitado. A conduta de quem é humilde, piedoso, revela-nos alguém como pessoa confiável, equilibrada, que conhece o sentido de sua existência. Mais adiante em Provérbios 22, 4 este conceito é reforçado: Quem teme o SENHOR, e é humilde, consegue riqueza, prestígio e vida longa. Apenas na fé bíblica a humildade é tida como virtude. Para as outras religiões, para muitos filósofos, e também no imaginário de muitas das pessoas comuns, a humildade é relacionada à falta de honra, pois sugere fraqueza, falta de iniciativa, ou mesmo subserviência; todos acreditam nestes tempos pós-modernos que a pessoa - em especial um líder - tem que ser pró-ativa, assertiva, auto-suficiente e outros termos modernos...

          Há muita confusão para definir-se de modo adequado qual seja a parte boa desta tal de HUMILDADE. Mas isto não é um problema dos dias de hoje. Há muito tempo o homem anseia por entender a importância desta virtude, e os Profetas, conscientes de sua importância, tem tentado nos comunicar a vontade de Deus a respeito.

          Miquéias, um dos grandes profetas do oitavo século antes de Cristo, viveu no tempo de Isaías. Natural de uma pequena cidade de Judá, no Reino do Sul, ele viu que Judá corria o perigo de sofrer o mesmo castigo que Israel, o Reino do Norte, havia sofrido. Miquéias fala contra os pecados do povo de Judá e de Israel. Mas ele também fala da bondade de Deus: o Deus que castiga o seu povo é o Deus que perdoa. O Profeta Miquéias indica, de modo veemente, a necessidade de entendermos a ligação da HUMILDADE e certos valores celestiais importantíssimos: Mq 6, 8  "O SENHOR já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós. O que ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação, e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus.

          O que significa HUMILDADE, de um modo simples? Sabermos todos que somos inteiramente dependentes do nosso Criador – temos que reconhecer o ABISMO que existe entre  o Deus soberano e nós. ABRAÃO sintetizou bem em uma frase esta constatação. Na Bíblia de Almeida, Revista e Atualizada, em GENESIS  18, 27  lemos: Disse mais Abraão: Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza.

          Ainda na antiguidade, mesmo com tantos ensinos e exortações, a dificuldade permanecia. O apóstolo Paulo era muito preocupado como nossa vida espiritual, e escreveu muitas cartas com conselhos práticos aos primeiros cristãos. Uma delas foi endereçada aos cristãos de Filipos, que era uma cidade que ficava na província romana da Macedônia; hoje faz parte da Grécia. A igreja de Filipos foi a primeira fundada na Europa por Paulo, na sua segunda viagem missionária (Atos 16, 12 a 40). Anos depois, quando estava na prisão (1, 7), Paulo escreve esta Carta aos Filipenses. Ele havia recebido notícias de que havia sérias dificuldades entre os cristãos de Filipos e estava muito preocupado com as falsas doutrinas que alguns ensinavam lá. E estava preocupado também por saber que alguns líderes da igreja tinham ficado contra ele. Ao mesmo tempo, ele havia recebido ajuda dos cristãos de Filipos e escreve a carta, não somente para tratar dos sérios problemas da igreja, como também para agradecer aos filipenses tudo o que tinham feito em seu favor.

          A carta mostra o grande amor que Paulo tinha pelos filipenses e fala da alegria, união e firmeza que devem ser marcas dos seguidores de Jesus Cristo. Paulo diz que, acima de tudo, todos devem imitar o exemplo do próprio Cristo, que seguiu o caminho da humildade e da obediência a Deus, caminho este que o levou à morte na cruz e à altíssima posição de Senhor de todos. Filipenses 2, 1 a 3: Por estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o amor dele os anima, e vocês participam do Espírito de Deus. E também são bondosos e misericordiosos uns com os outros. Então peço que me dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente. Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos.

          Ser HUMILDE é a postura lógica daquele que  é cônscio do pecado, pelos seus efeitos. E aquele que almeja liderar, pastorear, não deveria saber isso de antemão? A HUMILDADE está no cerne da vida piedosa, como sendo a pessoa mansa, religiosa, sem pieguismo ou extremismos. Mas o grande problema de quem não cultiva a HUMILDADE ( e isso é trágico entre a liderança) é que a sua capacidade de aprender fica comprometida, e isto não só do aprendizado das coisas terrenas, mas principalmente das verdades eternas! E porque isso ocorre?

          Sabemos que, de acordo com o conhecimento mundano, dos homens, o problema conhecimento é enigmático pois o mesmo homem é limitado e a realidade é polifacetada, multimensional, ou seja, complexa. Como podemos chegar à verdade? Nenhum mortal é dono da verdade posto que entra em contato somente com parte da totalidade da realidade, e através da representação dos fatos e fenômenos ou as impressões que causam.

          Há VERDADE quando percebemos e dizemos aquilo que se desvela, que se manifesta aos nossos sentidos: existe certa conformidade entre o que julgamos e aquilo do que do objeto se constata, se observa, se apropria em nossa mente. Se conhecemos partes da realidade, não temos como conhecer toda a verdade, a verdade absoluta. Muitas vezes as aparências enganam e emitimos conclusões equivocadas (o erro). Para chegar-se à verdade precisa-se então de EVIDÊNCIAS – manifestações claras, transparentes, da essência da coisa – este é o critério da verdade. Se se obtém evidência inequívoca, então pode-se acreditar.

          CERTEZA é o estado de espírito que consiste na adesão firme a uma verdade, sem temor de engano. Fundamenta-se na evidência, no desvelamento da natureza e da essência da coisa. Havendo evidência (objeto, fato ou fenômeno se desvelando com suficiente clareza) pode-se afirmar com certeza (sem temor de engano) uma verdade. Aqui reside o eterno drama humano - como ter certeza das coisas?

          ‘CRER’, acreditar, é uma forma de assentimento que se dá àquilo que se julga como verdades, que pode ser um estado de espírito objetivamente insuficiente, embora subjetivamente se imponha com grande convicção: (1) Pode ocorrer Ignorância (ausência de conhecimento) quando não existe qualquer desvelamento, não existe na realidade, ao alcance da não, aquilo que se deseja saber. (2) Pode ocorrer Dúvida, que é um estado de equilíbrio entre afirmação e negação sobre o fato ou fenômeno. (3) Pode ocorrer também a situação de Opinião , que é um estado de espírito que afirma com temor de se enganar. O valor da opinião depende da maior ou menor probabilidade das razões que fundamentam a afirmação. Em geral não se tem evidência forte, inequívoca do fato... Porém, no estado de OPINIÃO, não se tem compromisso...

          E como ficamos com relação ao conhecimento ( ou, conhecimento certo, com certeza) da vontade de Deus? Diante do mistério (o oculto enquanto sugerido) duas atitudes podem ser tomadas: (1) refletir e, com auxílio de instrumentos, procurar obter conhecimento via procedimento que seja científico ou filosófico, ou (2) aceitar as explicações de uma autoridade que tenha vislumbrado o mistério e o desvendado. Implica numa atitude de diante de um conhecimento revelado e que, pelos sinais que a acompanham, reveste-se de verdade autêntica. Para muitos (ao que parece, alguns pastores inclusive), os sinais que estão assinalados na Bíblia, nossa autoridade,  não são convincentes. Muitos dizem - "não existe verdade absoluta, tudo é relativo"... Não se pode ter certeza de nada.  Para citar uma conhecida anetoda, no mundo, como ensinava Benjamin Franklin, só existem duas "certezas": a morte e os impostos...

          O problema é a postura de inflexibilidade, altivez, arrogância, - ou seja, falta de humildade - que rechaça qualquer outra coisa, qualquer que seja a fonte, que confronte nosso “conhecimento” - O CONHECIMENTO DO MUNDO. O conhecimento do mundo, para ser certo ('dar certeza'), exige comprovação tácita, empírica, 'científica', factual, cabal, como São Tomé exigiu... Por outro lado, quem tem a virtude da HUMILDADE, da PIEDADE, é aberto, submete-se (sabe que nem tudo é comprovável cientificamente), venera, respeita... Sabe que existe algo superior a nós... e tem mais - sabe quem tem preferência para Deus? Veja ISAIAS 61, 1:  O SENHOR Deus me deu o seu Espírito, pois ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres. Ele me enviou para animar os aflitos, para anunciar a libertação aos escravos e a liberdade para os que estão na prisão. (Em algumas versões, está escrito em lugar de “pobres” que Deus prefere os mansos, os quebrantados, os humildes)  Isto é reforçado e ratificado pelo Apóstolo Pedro (com uma citação sua de Provérbios 3, 34): em  I Pedro 5, 5  lemos “E vocês, jovens, sejam obedientes aos mais velhos. Que todos prestem serviços uns aos outros com humildade, pois as Escrituras Sagradas dizem: “Deus é contra os orgulhosos, mas é bondoso com os humildes!”

          Mas, eu não espero convencer aqui pela racionalidade destes meus argumentos e das muitas passagens dos evangelistas sobre o tema. O principal argumento que tenho aqui, fundado na Bíblia autoritativa (veja bem, eu não escrevi  'autoritária'  ou 'autoritarista'...), é o fato de que Jesus foi e é o nosso modelo de conduta, e Ele nos exige mudança de vida, mudança de visão, mudança de espírito. Em especial com relação à HUMILDADE, o Senhor e Mestre sempre foi um notável professor:  um dos feitos mais memoráveis, em todos os tempos foi o acontecimento do LAVA-PÉS. Nesta passagem, Jesus simbolizou com perfeita integridade o significado e mensagem do seu memorável Ministério.

          Jesus nos convida à humildade como sendo o padrão de pessoa, como um modo de ser, como quem vê o mundo com os olhos da mansidão e isto, este convite, é-nos feito de modo bem claro, como vemos em MATEUS 11,  28 a 30: Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve.

          Esta carga, os deveres, o jugo que CRISTO nos propõe se tornam leves e suaves, se temos fé, mas isto, a FÉ, só se possui se tivermos HUMILDADE. Sim, Jesus é o nosso modelo, e não é impossível de se seguir, como alguns, baseando-se no conhecimento do mundo, querem sugerir – “Só Jesus conseguiu, só Ele tem poder para isso!!!”, é o que dizem. O exemplo d’Ele foi pleno, e em várias dimensões e situações:  Ele, Deus que se fez carne, em vez de aceitar a glória, Ele dava testemunho da Sua dependência total do PAI CELESTIAL como fonte de sua própria sabedoria e poder; em vez de apegar-se à gloria, ele atribuía toda a gloria ao PAI. Isto é muito bem demonstrado no Evangelho de João, nos capítulos 5 a 8.

          Portanto, o imperativo de todo o Novo Testamento é imitarmos a Cristo - a vida do fiel, do cristão deve ser uma vida piedosa, uma vida de humildade, e isso a começar de nossos líderes, daqueles que são comissionados a pastorear, não importa sua denominação. (Aliás, que vergonhoso que alguns proclamem do púlpito, que  ‘esta igreja “x” é a única igreja verdadeira e que salva as pessoas’.... mas quem salva não é Jesus?? – ou a Igreja de Cristo agora virou sinônimo de instituição humana com determinado nome??)

          O discípulo fiel, que efetivamente tem FÉ, sabe que deve travar uma batalha contínua contra o orgulho, que é a raiz do pecado, aquele egoísmo que origina o egocentrismo, a auto-exaltação, a presunção de si; origina a obstinação, a auto-confiança exacerbada, a glorificação pessoal, a necessidade de ser servido, ‘paparicado’, em vez de servir, como Cristo fez e ordenou.  Sabemos onde termina tal tendência, tal deturpação – frustração, decepção, e até desespero!

          A humildade bíblica, como JESUS ensinou, não diminui as realizações pessoais nem aumenta as falhas de ninguém.  A humildade não é um tipo de masoquismo sutil que se deleita na sua própria humilhação, no rebaixamento estéril da pessoa. Não significa ser covarde, protegendo-se por meio de um servilismo ultrajante ou ainda auto-anulação. HUMILDADE também não é uma virtude puramente particular que, como pensam alguns, “somente poucos  a desenvolvem”; – é, sim, o resultado de perseverante estudo e oração, e de uma prática de vida que tem DEUS por centro, reconhecendo, de modo agradecido, a concessão gratuita de dons por parte do Pai Celestial para todos nós.

          Humildade é reconhecer também a soberania de Deus em nos capacitar, a cada um, para o serviço que precisamos realizar. Isso necessita fé por parte da pessoa!

          Fé significa confiar, acreditar, significa FIRMEZA, estabilidade, constância. é um conceito central no pensamento bíblico, pois lida com a relação de Deus com os homens, com o PACTO que temos todos com Ele.

          Fé não se reduz, como vimos, ao intelecto, como uma certeza científica, ou mesmo crença, que temos na mente – esta, até os demônios tem, e tremem... ( creio que, em relação a religião, a maioria parece ter mais mesmo é opinião...).  A Fé não é uma parte isolada de nossa experiência religiosa mas, precisamente, pelos seus frutos, determina todas as demais ações do homem e da mulher. Para tanto necessitamos exercitá-la, fortalece-la, e contamos com a Providência para isso, conforme nos esclarece TIAGO, no capítulo 1 verso 3:  Meus irmãos, sintam-se felizes quando passarem por todo tipo de aflições. Pois vocês sabem que, quando a sua fé vence essas provações, ela produz perseverança. E como uma pessoa pode entender este aparente paradoxo (ser feliz na provação), se não for humilde, pelo exemplo do Cristo? Muitos, per ipso,  não entendem mesmo o que significa o requerimento de Cristo para quem O  deseja seguir - primeiro, negue-se a si mesmo, segundo, tome a sua cruz e, terceiro, 'siga-Me'...

          Assim, vemos que humildade liga-se à Fé, e Fé, em decorrência, liga-se ao amor, como o Apóstolo Paulo ensina, em GALATAS 5, 5 e 6: Mas nós temos a esperança de que Deus nos aceitará, e é isso o que esperamos pelo poder do Espírito de Deus, que age por meio da nossa fé. Pois, quando estamos unidos com Cristo Jesus, não faz diferença nenhuma estar ou não estar circuncidado. O que importa é a que age por meio do amor

domingo, 5 de dezembro de 2010

Rasgando papéis...

          Olha que foto linda, obrigado Microsoft! Esta ponte 'estaiada' ('estai' é um termo da construção naval, mas o pessoal emprestou a palavra, visto que a ponte é apoiada por cabos...) de São Paulo é um show, definitivamente! E agora no Natal a iluminação está diferente, vale a pena ver...
          
          Hoje peguei o arquivo para arrumar; prenúncio de fim de ano - ajunto muita coisa durante o ano que deve ser gerenciado, senão meu apê fica atascado de coisas descartáveis... Joguei fora cartões postais e coisas que  guardava desde os anos 70. Não adianta ficar se apegando no passado,  com a desculpa de ficar rememorando, tentando driblar a arteriosclerose... Vivamos o momento presente! O meu viver hoje é com a Ruth; eu só tenho a Ruth, meus filhos não me pertencem e vivem afastados, tem a vida deles. Como já comentei em outro post, que fazer, é meu destino ficar apartado... Minhas ex-mulheres acham que me diminuem; vingam-se, acreditam, de mim, por terem me expurgado da vida dos rebentos, mas se enganam. Aceito a soberania de Deus e transmuto a vivência de vidas separadas em ensinamento e gratidão. Oro por elas; no fundo, são criaturas, como direi, usando um galicismo, parvenu. Abusando do francesismo, digo que não, não me considero aqui rempli de soi-même; aprendi a aceitar, é um processo como tantos outros que temos que curtir...

          A família tem trocado e-mails sobre a véspera, o dia de Natal e o dia 26 de dezembro, que é o niver do Vô Geraldo. Neiroberto vai ficar com a familia dele no dia 25. Ele se encaminha para tornar-se o patriarca de sua linda família. Minha irmã Lúcia é a única dos 5 filhos que continuou casada; dá certa inveja, no bom sentido. Que belo casamento, formam um lindo casal, e merecem toda a felicidade do mundo, bem como seus filhos Niniu, Júlia, esperando o primeiro filho, e a Lígia, que vai visitar meu filho José Geraldo lá em Utah neste fim de ano. Como o tempo passa...
       
          'Deixa' eu desligar o computador, é quase uma hora da madrugada; não sinto sono, mas vou deitar assim mesmo, não costumo mais ficar curtindo este silêncio irresistível. Quando são seis horas da manhã acordo automaticamente... E sono não se compensa!
 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Fim de semestre letivo

          Vocês já perceberam que aprecio muito fotografias. Gosto de colocar aqui imagens que garimpo pela internet. Penso que é um bom lembrete do quanto é maravilhosa a Natureza e que, apesar de ficar 'congelada' numa pequena janela a enorme complexidade implícita do evento, do momento, a mesma não deixa de nos sensibilizar, nos emocionar.
     
          Todo fim de ano é aquela 'choradeira': alunos que ficaram de exame, ou de DP (dependência), ou que querem agora recuperar o que a si próprios sonegaram durante o ano. Que coisa aborrecida tudo isso, tira a beleza da docência, o que vai nos cansando ano após ano (mas não vou comentar;  já perpetrei peroratione sobre isso outro dia).
         
          Durante o dia fico pensando coisas legais para postar aqui, mas distraio-me seguidamente e esqueço o que tinha para dizer; creio que devo ter um gravador para não me deixar trair a memória, que já prega peças. Sempre inspeciono esta importante competência - detestaria ser um incômodo aos demais pelo meu exagerado esquecimento... Tenho que me acautelar. Tomo todos os cuidados para evitar a decrepitude, os efeitos deletérios da senilidade, o quanto possa nos incapacitar de conviver com o próximo.   [[Quando tinha 30 anos praticava muita Meditação, tendo investigado e praticado bastante o Zen-Budismo (cheguei a fazer votos no Zen-budismo Sotô) e o Yôga, em suas diversas manifestações - e eu era muito mais concentrado, 'focado', atento... Creio que vou voltar a praticar; tenho ainda meu 'zafu', a almofada zen que ganhei da  minha amiga - onde andará?? - Helena Hiromi Hayashia ]]   Creio que uma especial dentre tantas coisas que meus pais me passaram é a de ter a capacidade do 'desconfiômetro' - verificar sempre se não estamos nos portando inconvenientemente... Que vergonha ficar 'pagando mico' perante os outros! Mas isto é um valor já não tão cultivado nos dias de hoje, como podemos ver diuturnamente...

          Outro dia tive a lembrança de um fato ocorrido com minha mãe - todos temos tantas lembranças com elas, não é mesmo? Os pais são fundamentais também, mas no meu tempo, nossas mães ficavam a maior parte do tempo com a gente... Agradeço a Deus todo o dia meus pais terem consensuado aquela maneira tradicional de criar filhos... Eu pude fazer isso no meu primeiro casamento, mas no segundo, que fazer... Mas a Livia é uma doce menina, o que não me faz sentir culpa ou qualquer arrependimento em relação à minha convivência com ela em sua infância. 

          Quando eu era pré-adolescente via muita TV. Havia já bastante filme americano dublado, em branco e preto. Meus favoritos eram Combat e The Rebel. O primeiro era sobre a campanha americana na II Grande Guerra, e o segundo narrava as aventuras de um soldado americano sulista após ter terminado a Guerra Civil americana. Sobre este último, num dos episódios, o personagem era abraçado e louvado por um homem nobre, pertencente ao Norte, ex-inimigo, a respeito de uma ação que o ex-soldado tinha praticado anteriormente. Como eu não tinha entendido, perguntei à minha mãe e foi aí que recebi as minhas primeiras instruções sobre o que era a honra e o decorrente proceder ético, conjunto de qualidades morais que nos fazem aparentemente agir contra  nós, mas que, no fundo, embutem elevada apreciação no que diz respeito aos valores de uma vida civilizada. Nunca mais esqueci estas lições.

          Acho que vou fazer um chá; aprecio bastante o tipo Earl Grey tea. Pequenos prazeres, mas que tem que saber realizar... É um aprendizado que tive nos meus tempos de ensinamentos budistas: simplicidade e o valor das pequenas coisas, pequenos momentos só nossos.
          Para terminar, uma homenagem ao Millôr Fernandes, um grande erudito popular brasileiro,  por vezes também frasista temido.  [[ Tenho encadernado comigo um de seus livros, chama-se Reflexões sem dor, uma edição em papel quase-jornal, publicado em 1977 pela Editora Edibolso, 94 p., um clássico! ]]  Acima vemos uma das suas famosas charges publicada nos jornais - seu traço é inconfundível. Soube agora há pouco que o palhaço Tiririca, o deputado mais votado nas últimas eleições, foi absolvido das acusações que ameaçavam sua diplomação no Congresso. E foi lapidar esta ilustração do notável escritor e chargista sobre o clima que podemos legitimamente esperar doravante quanto aos nossos dignos representantes no parlamento... Não lhes falta mais nada!