A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Fim de ano...uff!

Mais um ano se finda. Costumava dizer todo dia de manhã, ao acordar - "mais um dia perto da morte!!" mas depois que casei Bilú me proibiu de perpetrar tal brocardo. Decretou que é tétrico e quase doentio. Na verdade não temo a morte, no fundo é libertação, mas a temática choca a muitos. Mas o verdadeiro cristão (como me considero) não deve temer a morte, obviamente. A morte é contrário ao nascimento, não à vida, é o que acredito. Mas fica para outra hora esta digressão. Um dia vou escrever um paper ou mesmo um livro sobre isso. Estou na fase de pesquisa bibliográfica...
O fato é que hoje é meu último dia letivo, voltamos somente em fevereiro. Agora todos os cursos de nossa querida UNIFAE serão semestrais (antes, somente Fisioterapia e Economia), o que vai demandar mais trabalho para os valorosos funcionários, mas creio que vai melhorar muito a burocracia (no bom sentido).
O que me espantou este ano é o enorme contingente de alunos de exame de 'segunda época'. Em nosso Regimento Interno, se o aluno não obtém média com o exame final, pode ter outra (e última) chance de fechar as notas, anulando-se a nota obtida no exame e substituindo-a pela nota da segunda época. A média para fechar é 5, o que considero pouco, mas justo por ser a maioria curso noturno (admiro as IES que tem em seu Regimento Interno determinado que a média mínima para fechar disciplina é 7, como o ITA - Instituto Tecnológico da Aeronáutica, localizado no Centro Tecnológico Aeroespacial - CTA, em São José dos Campos, SP. Meu mano Luciano, que estudou lá, disse que o costume em dia de prova era o docente passar a avaliação e sair da sala; se algum aluno colasse era denunciado pelos próprios colegas, ciosos do elevado conceito que desfruta a escola). Creio que, para compensar, os cursos da UNIFAE deveriam ser mais extensos, com um ou dois anos a mais, para garantir que o aluno tenha acesso apropriado às atividades acadêmicas em sua plenitude.
Nestas férias vou preparar as aulas e seu cronograma para 2010, preparar palestras para empresas (trabalho já para janeiro - descansamos carregando pedras - mas coloridas pedras, perfumadas e enriquecedoras pedras...) e ler, ler muito. Adoro ler. Não sei porque esta geração não aprecia ler como a minha geração e a de meus pais. Estes gadgets modernos tiram muitos fãs do livro, infelizmente (se bem que, alvíssaras! soube que o leitor eletrônico de livros da Amazon, que se chama Kindle, nome sugestivo, que agora está à venda em Pindorama, vai ser isentado de tributos - é um aparelho eletronico - sendo equiparado a 'livro' - já que é efetivamente um leitor de livros). Vejo o resultado desse pouco contacto com a leitura: muitos jovens não sabem pensar, conversar, discorrer, dissertar, analisar... Quanto mais pesquisar, compor, arrazoar, comparar, criticar... mas chega de reclamar! 'A sorte está lançada'...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

acidente Ruthinesco...

Interessante caso ocorreu em familia. Eu comuniquei via 'imeiu' alguns parentes sobre um pequeno acidente ocorrido com Ruteca (o meu Bilú), e o caso demonstrou como os fenomenos da cloud computing e trabalho digital cooperativo podem se mesclar para elucidar a sempiterna complexidade de nossas vivências... Dizia eu para o pessoal sobre como ocorreu o acidente, uma quase-reles luxação:


"Voltavamos de uma compra perto de casa, ao cair da tarde, chovendo torrencialmente. Saímos do veículo automotor, eu com guarda chuvas (em espanhol se diz 'el paráguas' - nao sei porque lembrei disso...) na mão esquerda e sacolitas na mão direita; Ruth com as duas mãos ocupadas. Dado momento ela, trajada aos pés de sandalinha (ela gosta tudo no diminutivo, p. ex. ela disse depois que o bracinho ficou 'doloridinho'...) falseou o pé na borda da calçadinha e rolou, desabou, ruiu inopinadamente como um saco de batatas (ou sacolinha de batatinha, visto que ela é mimosinha como um colibri) batendo o ombro, o cotovelo e as mãos, em uma ordem que não sei precisar, mas se nao fosse trágico, seria cômico. Resultado - saiu o olecrano da cabeça do radio, dito sem firulas do jargão fisioterápico (que ela, já no segundo ano de fisio correu a explicar) o antebraço ficou deambulando, com certo afastamento do braço, cena feia de se ver, pelo 'buraco' que fica ao cotovelo, crédo!! Mas devo dizer que, após irmos ao pronto socorro, ela se portou como dama circunspecta, valente e controlada, sem derribar lágrima sequer, nem quando o facultativo presente, com maos de fada, colocou seu antebraço no recôndito do braço, de onde não devia ter saído... Hoje ela enverga adereço (uma 'tipóia' - sentido nro. 2 do Dicionário Eletrônico Aurélio, por favor) alcolchoado tolhendo o movimento dos braços, com um arroxeado chiquérrimo que aflora de sua pele alva e suave como a cútis do pêssego, mas confiante que dentre em breve poderá reassumir os sagrados deveres domésticos, doravante assumidos por este escrevinhador, o que, diga-se de passagem, estou me disincumbindo com galhardia".


Aí meu cunhado Ney, como bom engenheiro e agudo observador, aduziu aos comentários: "Caro cunhado Lucas, apesar de sua missiva tentar ser sucinta e breve, pairou uma grande duvida no que se refere de qual lado ocorreu o falseamento do pé, sem o qual não poderemos dirimir a tão cruel duvida 'batendo o ombro, o cotovelo e as mãos, em uma ordem que não sei precisar', meu caro, se o falseamento ocorreu para o lado direito e ela sendo destra existe uma grande possibilidade de devido ao aguçado reflexo tenha apoiado a mão em primeiro lugar, caso seja sinistra a probabilidade de ter batido o ombro e depois cotovelo e finalmente a mão é a mais plausível." Compreendi que deve ter sido como ele diz, pois Bilú é destra e o braço contundido foi o esquerdo... Ficou todo roxo o braço mesmo, mas com Arnica (receitado pela Lúcia, mana querida e esposa do Ney) já está voltando ao normal.


Meu irmão Luciano, também engenheiro, mas eletrônico/informático, como o outro mano Luís Sérgio, fez interessante comentário: "Lucas essa preferencia das mulheres por diminutivos tem a ver com o fato de elas chamarem os outros pela primeira silaba do nome ou seja Ju, lu, li, lulu, nei, (silabas dobradas pode ser), sérginho (diminutivo, porque 'sér' fica meio sem graça) ni, ( o fato da mãe colocar todos com 'lu...' atrapalhou um pouco.), fê, pá, xuxu, bel, li, lili, etc... Agora: é Lucao Pascóvium, Zé Bolé, Zé Geraldo, Luquinhas, Ivo Morganti, Luciano, etc...os Homens só aumentam. Sei o que vai dizer..." Desconhecia (mas desconfiava) estes interesses filológicos de meu irmão, posto que estas digressões ocasionalmente lhe são costumeiras...Mas ele, por vezes, gosta de tergiversar, tentando ser insinuante... Uma figura, sem dúvida. Vejam que ele colocou 'homem' com 'h' maiúsculo...


Todos comentaram o incidente e houve até quem nos acusasse de desocupados. Mas é que negavelmente nestes tempos últimos as 'benesses' da informática/internet permitem que estreitemos os laços que se enfraquecem pela distância e pela correria diuturna... Aliás, foi o Sérgio que sugeriu que eu colocasse a conversa no meu blog. Sugeriu, nao, ele perguntou se estava no blog, e eu resolvi colocar...



sábado, 5 de dezembro de 2009

Avaliações de Aprendizagem...


Todo ano é a mesma coisa: alunos não estudam apropriadamente, não participam do ensino compartilhado em sala de aula, não procuram o docente - nem pessoalmente nem por e-mail - para averiguar seu aproveitamento e, quando ficam de exame, a primeira reação é dizer "o professor X me deixou de exame!". Que interessante idéia que os alunos fazem do malfadado exame. No Regimento Escolar lemos que a avaliação do aproveitamento do aluno será procedida por 3 avaliações - uma no primeiro semestre, outra no segundo e uma avaliação final. Na maioria das instituições de ensino superior no Brasil, o aluno tem que tirar pelo menos nota '5' nas três avaliações. Também, habitualmente, no caso do aluno tirar média '7' nas duas primeiras avaliações, fica excepcionalmente dispensado de realizar a terceira avaliação. O que ocorreu em nossa cultura de "levar vantagem em tudo"? O aluno acredita que ele é tão bom que só - 'lógico!' - merece ser dispensado da última avaliação em todas as matérias, pois seu aproveitamento geral é sempre excelente, seus trabalhos maravilhosos, sua leitura prévia de material de aula efetivamente realizada, blá, blá, blá... "Ficar de exame" é vexação, ultraje, opróbrio perpetrado pelo cruel, opressor docente, atestado de incompetência do aluno, etc. A lista é enorme....

Creio que, ao final e ao cabo, a motivação para tal clamor nem é por mérito acadêmico; muitos moram em outras cidades e tem problemas de transporte, ou gostariam já de estar dedicando seu tempo em festas, etc... Que problema nosso ensino superior ser majoritariamente oferecido em instituições particulares (que oferecem cursos noturnos, em sua grande maioria), e com poucas vagas nas instituições oficiais, determinando que os alunos que trabalham só possam optar pelas escolas particulares... Com a escassez de bolsas de estudo, não existe alternativa para estes jovens 'alavancarem' suas carreiras mediante estudos superiores. E nas IES particulares, o grosso dos docentes é horista - não é remunerado para atender alunos fora da sala de aula. Nem vou falar da falência dos valores atuais, onde o professor (mesmo com Mestrado e Doutorado - será porque até isto, a elevada posição acadêmica - o brasileiro conseguiu avacalhar?) não detém mais nem a grácil consideração por parte do aluno (gostava mais do meu tempo quando a gente se levantava quando o professor adentrava a sala...), mesmo que sua posição docente tenha sido conquistada via concurso público - o que, na minha IES, a UNIFAE, é assunto sério, é um processo honesto, ao contrário de alguns outros concursos docentes que participei. E a 'briga' com os docentes não tem fim, com uma choradeira inesgotável... O fato é que, a cada ano, o nível dos alunos que adentram o ensino superior está cada vez pior. O grau de imaturidade para a vida acadêmica (sem falar na emocional e social) é assustador.

Recebi uma incumbência de minha querida Coordenadora de Curso - devo montar aulas de Lógica introdutória para os alunos primeiro-anistas (vou oferecer como curso de extensão aos outros anos...). Temos observado grande dificuldade do corpo discente em realizar raciocínios apropriados, sem pré-concepções e outras distorções que contaminam a análise, o desenvolvimento e a expressão de raciocínios elementares. A irracionalidade grassa inopinadamente!